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O habitual besteirol, associado ao recorrente gestual abestalhado de Lula, seria entrecortado por posicionamentos semelhantes de outros.
Donde conclui-se: falta bom-senso na praça.
Vamos por partes.
A ida de Lula à Rússia de Putin (parece ser dele mesmo), faz lembrar uma música do cancioneiro popular: “Tá tudo bem mas tá esquisito”.
O fato de Putin não poder vir ao Brasil, em virtude de um mandato de prisão internacional que pesa contra ele (por ter cometido crimes de guerra), seria uma desculpa para a controvertida visita. Será? Ainda está esquisito.
E se fosse diferente? E se o atual presidente (ou ditador) fosse Bolsonaro e a visita fosse à
Israel de Netanyahu (também parece ser dele), o que diria a esquerda?
Consideraria a visita esquisita?
Ou classificaria Netanyahu de genocida? Mas o que seria Putin?
Ainda parece esquisito.
As justificativas econômicas explicariam a visita à Rússia? Ou participar de uma comemoração?
Quais seriam as justificativas para as recorrentes idas de lideranças da direita brasileira à Israel?
Parece esquisito.
Não há nada que justifique as ações violentas de Netanyahu sobre Gaza, eliminando majoritariamente mulheres e crianças. Aparentemente, voltadas para a erradicação dos palestinos daquele território. Lula classificou, novamente, as ações contra os palestinos de “genocídio”. A Conib (Conferência nacional israelita do Brasil) publicou nota de protesto, explicando porque massacrar palestinos, aos milhares, não seria genocídio.
A nota não lamentou os recorrentes massacres de palestinos. Apenas tentou justificá-los. Esquisito.
Entretanto, o que justificaria as ações de Putin sobre a Ucrânia? Parece semelhante a genocídio e continua esquisito. Por que Lula não acusou Putin? Ao contrário, prestigiou o candidato russo à prisão?

Então, o IBGE coloca o Norte na parte de baixo do mapa, sob justificativas ideológicas. O Pochman, presidente do IBGE, falou. E até botou o novo mapa à venda.
Mas esqueceu de combinar com a agulha da bússola, que teimosamente continua apontando para o Norte magnético do planeta. Seriam as bússolas ideológicas? Ou seriam igualmente esquisitas?
Ou tudo isso seria apenas um conjunto de ações “desnorteadas”?
Parece que essa expressão nunca teria feito tanto sentido.
Teria explicado a natureza de determinadas esquisitices.

Marco Antônio Andere Teixeira – Historiador, Advogado e Cientista Político